Débora Falabella estreia peça que aborda a violência de gênero

Após uma temporada de grande sucesso no Rio de Janeiro e indicações ao Prêmio Shell (Melhor Atuação e Melhor Direção) a peça Prima Facie chega ao Teatro Vivo, em São Paulo. Esta é a estreia de Débora Falabella em um solo teatral. O espetáculo conta com direção de Yara de Novaes.

A peça, escrita por Suzie Miller, o espetáculo narra a história de Tessa, uma jovem advogada criminalista no auge de sua carreira, conhecida por defender homens acusados de violência sexual. A trama ganha uma nova perspectiva quando Tessa se torna vítima de um estupro e passa a enfrentar as contradições do sistema de Justiça.

Além do trabalho no palco, Falabella tem participado de debates sobre misoginia e a falta de representação feminina na Justiça. Recentemente, ela participou de um painel em Brasília com Carmen Lúcia, ministra do STF, Ayres Britto, ex-ministro do STF, e Raquel Dodge, subprocuradora Geral da República .

No início do ano, Bravo! conversou com a atriz e a diretora sobre a adaptação do espetáculo. A conexão de Falabella com Prima Facie aconteceu ao acaso. Ela desejava retomar o trabalho com Yara de Novaes, com quem havia colaborado no Grupo 3, e lembrou da peça. Embora os direitos já estivessem vendidos para outro produtor no Brasil, a artista recebeu um convite inesperado do mesmo produtor para interpretar Tessa. Empolgada, ela aceitou, mas fez questão de que Yara dirigisse a versão nacional.

“Parece quase como se fosse destinado. Quando vemos a Débora em cena, ela está voando, em uma conexão tão orgânica e intrínseca ao tema e à personagem. Era dela, não pertencia a mais ninguém. Não consigo imaginar outra pessoa interpretando”, declarou Yara, à Bravo!.

Por sua vez, Débora reforçou a importância da parceria com Yara: “Eu só conseguiria fazer isso com a Yara. Não havia outra opção. Quando li o texto, pensei: ‘Estou ferrada, não sei se consigo’. O texto vai para muitos lugares. Precisávamos encontrar uma abordagem direta, sem cair no excesso de sofrimento. Como atriz, não poderia ficar tão abalada.”

Confira a entrevista completa aqui. 

• Teatro