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Disco ‘Tio Gê – O Samba Paulista de Geraldo Filme’ ganha show-tributo

Cantoras Amanda Maria, Graça Cunha, Luciah Helena, Virgínia Rosa e a atriz Cleide Queiroz se apresentam no Sesc 14 Bis

Por Redação Bravo!
13 abr 2024, 09h00
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 (Arte/Redação Bravo!)
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Neste fim de semana, as cantoras Amanda Maria, Graça Cunha, Luciah Helena, Virgínia Rosa subirão ao palco do Sesc 14 Bis em apresentação especial. O show “Tio Gê – O Samba Paulista de Geraldo Filme” é uma homenagem ao renomado sambista Geraldão da Barra Funda (1927-1995), o criador de hinos do samba como ‘Vá Cuidar da sua Vida’, ‘Silêncio no Bixiga’ e ‘Tradição’.

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(Amanda Maria/reprodução)

O show é um desdobramento do álbum homônimo lançado em 2020 pelo Selo Sesc e apresenta um repertório com 15 das 26 faixas do disco duplo. No palco, a atriz Cleide Queiroz declamará textos de Leo Lama, filho do dramaturgo Plínio Marcos, que era um dos melhores amigos e incentivadores do homenageado. 

A direção artística é de Fernando Cardoso e direção musical fica a cargo do maestro Ogair Júnior (teclado e acordeom), que ainda assina os arranjos ao lado de Dino Barioni (violões e guitarra) e Robertinho Carvalho (contrabaixo). Completam a banda do show Jorginho (trombone) e Vitor Alcântara (flauta e sax tenor).

Tio Gê – O Samba Paulista De Geraldo Filme

Sesc 14 Bis
R. Dr. Plínio Barreto, 285 – Bela Vista, São Paulo
13/4 (sábado), às 20h, e 14/4 (domingo), às 18h
Ingressos: R$18 a R$60

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(Acervo MIS/reprodução)

Quem foi Geraldo Filmes? 

Nascido em 1927, Geraldo Filme de Souza passou a infância no bairro da Barra Funda, o que lhe rendeu o apelido de Geraldão da Barra Funda. O menino entregava as marmitas feitas pela mãe, Augusta, que era dona de pensão. Os pais eram filhos da última geração do sistema escravista e gostavam de música. Seu Sebastião, tocava violino e dona Augusta era uma das organizadoras da romaria nas festas do Bom Jesus de Pirapora — onde o batuque de Pirapora acontecia. 

Defensor da cultura caipira e dos cantos negros de trabalho escravo, Tio Gê, forma como era chamado pelas crianças, era contra a apropriação cultural e defendia o espaço sem preconceitos étnicos e raciais. Porém, tocava em porões para fugir da represália policial. 

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Sambador, compositor e versador, Geraldo era respeitado por todas as escolas do Carnaval paulista, principalmente, a Unidos do Peruche e a Vai-Vai. Seu único disco solo foi lançado em 1980, intitulado Geraldo Filme. Antes, em 1974, o dramaturgo Plínio Marcos deixa clara a admiração pelo sambista e pelo gênero, ao gravar Nas Quebradas do Mundaréu, reunindo Geraldo Filme, Toniquinho Batuqueiro e Zeca da Casa Verde. 

Em 1982, gravou com Tia Doca da Portela e Clementina de Jesus um dos grandes álbuns da música popular, O Cantos dos Escravos. Geraldo Filme morreu em 1995, em São Paulo, em decorrência de complicações de diabetes e pneumonia.

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