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OLÁ,

Onde estão as mulheres no Oscar?

Diretora francesa Justine Triet é a única que concorre na categoria de Melhor Direção, com o filme "Anatomia de Uma Queda"

Por Laís Franklin, Beatriz Magalhães
Atualizado em 11 mar 2024, 15h50 - Publicado em 8 mar 2024, 12h57
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A diretora Chloe Zhao (Equipe/divulgação)
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Nomes como Martin Scorsese, Christopher Nolan e Yorgos Lanthimos são alguns diretores já conhecidos pelo público e queridinhos da Academia do Oscar. Os três cineastas já foram indicados por seus trabalhos em edições anteriores e repetem o feito novamente em 2024. Nesta edição, apenas a diretora francesa Justine Triet está concorrendo em melhor direção, com o aclamado filme Anatomia de Uma Queda. Mas esta não é uma questão isolada.

Em quase 100 anos da premiação, apenas nove mulheres chegaram a concorrer nesta mesma categoria, mas apenas três levaram o prêmio para casa. São elas: Kathryn Bigelow em 2010, por Guerra ao Terror, Chloé Zhao em 2021 por Nomadland, e Jane Campion em 2022, com Ataque dos Cães.

Quando colocamos uma lupa em relação ao recorte de gênero e de raça, é nítido que a maior premiação do cinema internacional segue reforçando as lógicas contemporâneas do patriarcado.

A Academia supostamente passou por uma busca profunda após 2015, quando April Reign levantou o debate da pauta de representatividade com a #OscarsSoWhite, que viralizou na época. Mas a realidade é que o ano é 2024 e até agora nenhuma mulher negra foi indicada na categoria de Melhor Direção. Segundo levantamento de dados do veículo O Povo, apenas 3,7% dos indicados nas categorias principais (Ator Principal e Coadjuvante, Atriz Principal e Coadjuvante e Melhor Direção) são pessoas negras.

Um estudo recente da Universidade de San Diego assinado pela Dra Martha M. Lauzen mostra que mulheres tiveram apenas 35% dos papéis falados nos principais filmes de 2023 — o menor percentual de protagonistas femininas desde 2017. Outro dado que merece atenção é o de que somente 28% dos filmes de 2023 narravam suas histórias a partir de uma perspectiva feminina.

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Por mais que as redes sociais inflem narrativas femininas que critiquem o patriarcado dentro e fora das telas, como foi com o sucesso estrondoso de bilheteria de “Barbie”, premiações como Oscar e Globo de Ouro, nos mostram que há um longo caminho a ser percorrido e quem ganha os holofotes são mesmo os Kens da vida real. Até quando?

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