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Filme-poema “Alago e Arejar” é lançado com exclusividade na Bravo!

No Dia da Animação, 28/10, apresentamos o curta-metragem assinado pela escritora e cantora Celeste Moreau Antunes e pela cineasta Gabriela Boeri

Por Laís Franklin
Atualizado em 30 out 2023, 10h37 - Publicado em 28 out 2023, 08h39
 (divulgação/divulgação)
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Gabriela Boeri e Celeste Antunes tinham um sonho conjunto: realizar projeto de curta-metragem de animação de 10 minutos sobre uma menina que acorda e descobre que perdeu sua voz. A primeira etapa desse projeto você confere com exclusividade aqui na revista Bravo! com o filme de 1 minuto “Alago e Arejar”.

“Esse filme-poema é uma primeira elaboração de algumas cenas do roteiro do curta, como uma espécie de teaser do projeto, que também existe por si só. Esse roteiro longo, que já está escrito, é sobre a aventura de encontrar a própria voz. Uma história para todas as idades”, explica a dupla.

O filme narra a jornada dessa jovem mulher em busca de sua voz perdida a partir de uma narrativa poética sobre uma mulher em crescimento, em busca de se expressar e de encontrar seu lugar no mundo. Confira o resultado a seguir e também uma conversa sobre os bastidores da produção:

E o maior desafio desse projeto?
Celeste e Gabriela – “Acreditamos muito em projetos multidisciplinares, mas isso também traz muito desafios. Queremos fazer um filme de animação que tenha o mesmo arco presente no disco. Não é apenas uma animação e nem um clipe, é uma mistura das duas coisas. Encontramos um artista pra completar esse time, o Marcos Machado, e com ele criamos a linguagem dos desenhos. O maior desafio do projeto foi encontrar alguém que entendesse o que queríamos graficamente, em termos de animação.

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Como é um projeto artístico, mas que também envolve técnica, precisávamos de alguém que tivesse a sensibilidade de buscar as cores e formas presentes nas nossas ideias, e que, por sua vez, apresentasse ideias que dialogassem com as nossas de maneira harmônica. Ficamos muito satisfeitas com o trabalho e estamos animadas pra produção do curta, que ainda está por vir. A Gabriela sempre sonhou em trabalhar com animação, e essa é a primeira vez que ela explora essa linguagem.”

Por que escolheram unir poesia com audiovisual?
Gabriela – “Essa animação é como uma pintura em movimento. Suas cores e traços foram feitos a partir da poesia escolhida e a junção dos dois faz ambos se intensificarem. O projeto nasceu junto com o primeiro disco da Celeste (Rio Manso Vol. 1), que é bem poético e costura o enredo do roteiro tramado por nós, com trechos que estariam presentes na trilha sonora. É como se sempre houvéssemos trabalhado dentro da linguagem da poesia. O próprio fato de a personagem perder a voz é poesia. É impossível separar uma coisa da outra, pois a linguagem musical/poética e as ideias audiovisuais nasceram na mesma época.”

O que este filme te ensinou?

Celeste – “Esse filme me ensinou principalmente como as nossas histórias pessoais podem ressoar nas histórias de outras pessoas, e por isso também interessá-las, me ensinou a dividir partes muito íntimas minhas com a Gabriela e vê-las mudando de tons, vendo sua beleza brilhante na luz da comunhão. Esse projeto me ensina sobre confiança.”

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Gabriela – “A animação te permite criar o mundo dos sonhos, mas ela tem um outro tempo. Esse trabalho, quase artesanal e feito à muitas mãos, me ensinou sobre persistência. Fizemos esse vídeo-poema como um teaser que quer anunciar um trabalho que está sendo feito e que vai continuar.”

Celeste Moreau Antunes iniciou sua carreira nas letras, escreveu poemas e textos para revistas e sites, e tem dois livros publicados, de prosa e poesia. Já trabalhou com teatro, como roteirista e dialoguista para o cinema, e com direção de atores. Hoje é cantora e compõe canções, tem dois discos lançados “Rio Manso Vol.1” e “Luzir Vol.2”. Possui diversas parcerias musicais lançadas. Canta em eventos de moda, como para a marca de joias “Prasi”, além de escrever e recitar poesia para eventos e campanhas. Fez shows em casas de música como Cineclube Cortina e Bona. Participou do programa Cultura Livre, do Sarau filmado da Casa Rosa com Carlinhos Brown e do Documentário Lágrimas no MAM de Arnaldo Antunes, ambos filmados em Salvador.

Gabriela Boeri é formada em Comunicação Social, com habilitação em Cinema, pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), onde dirigiu seus primeiros curtas-metragens. Em 2018 Gabriela foi selecionada para participar da residência artística “Ateliers du Cinéma de Claude Lelouch”. Na França, além de desenvolver seus próprios projetos, Gabriela trabalhou no filme de Claude Lelouch “Os Melhores Anos de Uma Vida”. Com Jean-Louis Trintignant, Anouk Aimée e Monica Bellucci no elenco, o filme teve sua estreia no Festival de Cannes 2019.

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Durante a residência artística Gabriela filmou seu primeiro longa-metragem, “La Parle”, uma co-produção França-Brasil, codirigido por Fanny Boldini, Kevin Vanstaen e Simon Boulier. A estreia mundial aconteceu no Festival International du Film de Saint-Jean-de-Luz e no Brasil na Mostra Internacional de Cinema. O filme entrou em cartaz em junho do 2023.

Trailer do “La Parle”:

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