A Forma do Fim: esculturas do acervo da Pinacoteca ganham mostra especial
Com curadoria de Yuri Quevedo, exposição reúne 60 obras de diferentes períodos e segue em cartaz até maio de 2025
A partir de sábado (14), parte preciosa das esculturas do acervo da Pinacoteca de São Paulo agora poderão ser vistas pelo público em uma mostra especial Com curadoria de Yuri Quevedo, a exposição “A Forma do Fim” reúne 60 obras de diferentes períodos, simbolizando “as representações da passagem do tempo e dos ciclos da vida”.
A mostra traz entre seus destaques Gênio do Descanso Eterno, de Auguste Rodin, Raízes Mortas da Natureza e Cipó, de Advânio Lessa, e Bicho – Relógio de Sol, de Lygia Clark, além de Ferramenta de Tempo (2021), de José Adário.
“Um dos aspectos mais interessantes da arte é a possibilidade de imaginar um futuro. Seja pensando criticamente as formas de vida, seja para conceber nosso fim. Esta exposição mostra como os artistas podem nos ajudar a entender nossa experiência do tempo, sua passagem e o que permanece”, declara o curador à Bravo!.
A mostra celebra o acervo centenário do museu, que conta com mais de 13 mil obras. Parte delas está exposta na exposição permanente Pinacoteca: Acervo. Desta vez, a instituição revisita seu conjunto de esculturas, analisando suas características e semelhanças.
“Ao observar a coleção de esculturas da Pinacoteca, é interessante notar como os artistas elaboram diversas experiências de vida e morte que nos instigam a refletir sobre nosso modo de ver arte e de imaginar nossa própria vida”, completa o curador.
Além dos objetos expostos, a mostra inclui um registro em fotos da performance histórica Passagem (1979), de Celeida Tostes.
“É muito interessante ver como Celeida Tostes e Marcia Pastore utilizam a performance para tratar da linguagem da escultura – uma arte tradicionalmente estática. Tostes realiza uma ação em que ela é confinada dentro de uma urna de barro e depois renasce da própria obra. Pastore, por sua vez, materializa em alumínio e bronze os rastros da passagem de seu corpo pelo espaço. No trabalho dessas duas artistas, elas expandem a linguagem da escultura com seus próprios corpos, fazendo da ação e do movimento a força geradora das obras e uma maneira de se relacionar, seja com a história, seja com o mundo ao redor”.
Edifício Pina estação | Lg. General Osório, 66
De quarta a segunda, das 10h às 18h (entrada até 17h)
Gratuitos aos sábados – R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia-entrada)
Até 4/5/2025