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OLÁ,

Manto tupinambá é doado ao Museu Nacional

Peça rara de mais de três séculos estava em posse do governo dinamarquês desde 1689; o manto chegou no Brasil no começo de julho

Por Redação Bravo!
14 jul 2024, 09h00
manto-tupinamba
 (Museu Nacional/divulgação)
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Foi em sigilo que o manto tupinambá, uma das 11 vestimentas sagradas confeccionadas entre os séculos XVI e XVII por povos originários do Brasil, chegou da Dinamarca ao Brasil no início de julho. Trata-se de uma doação do governo dinamarquês que será incluída no novo acervo do Museu Nacional, no Rio de Janeiro, que em 2018 sofreu um incêndio que consumiu 90% de seu acervo exposto. Há mais de 20 anos, a comunidade Tupinambá da Serra do Padeiro pleiteava a devolução do manto, mas apenas há dois anos o processo de repatriação teve início.

O sigilo da chegada se deu por questões de segurança. A peça é feita de penas vermelhas de ave guará encaixadas numa base de fibra natural e possui 1,2 metro de comprimento. As outras vestimentas restantes encontram-se em países europeus. O manto estava em Copenhague, na Dinamarca, desde 1689.

No meio da discussão sobre o retorno da relíquia ao país, é inevitável a reflexão sobre o possível destino do manto caso ele estivesse no Museu Nacional há mais tempo. Isso, inevitavelmente, acende o alerta para que o país trate com mais cuidado de sua memória e história.

A peça deve ser exibida pelo Museu Nacional ainda nas próximas semanas, em celebração dos 206 anos do museu.

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